quarta-feira, 20 de julho de 2011

Saudades do meu velho, Hugo Anacleto Cavallari

Estou publicando aqui um dia adiantado, pois sei que amanhã o dia vai ser corrido e vai ficar complicado.
Mas vamos lá:

Hoje, dia 21/07/2011 faz 1 ano que meu pai desencarnou, em um acidente automobilístico. Como todos podem imaginar foi um choque para todos! Porém, não há muito o que se fazer depois que isso ocorre a não ser rezar por ele, pelos familiares para que todos tenham força e ânimo de continuar suas jornadas.
Meu pai sempre foi um exemplo de vida para mim. Ensinou-me muitas coisas, desde coisas simples como explicar para que serviam as ferramentas (coisa que não aprendi direito até hoje!), explicando coisas da vida, da história da humanidade (ele adorava o assunto, principalmente falar sobre grandes personalidades, sobre guerras, etc.). Me ensinou a gostar de Fórmula 1! Era uma pessoa extremamente calma e inteligente. Ensinou-me também princípios morais e éticos que carrego até hoje comigo e pretendo repassá-los à minha filha.
Por permissão de Deus ele pôde conhecer seus 3 netos, inclusive a Giulia, minha filha, a neta mais nova. No pouco tempo que teve aqui com ela ele aproveitou intensamente! Comprou até uma moto (uma paixão que ele tinha) e a utilizava basicamente para vir até aqui em casa (saindo de Sertaozinho) para ver a netinha e brincar com ela. Por ser espírita e por ter "presenciado" alguns acontecimentos com a Giulia, acredito que ele, até hoje, vem visitá-la de vez em quando!
Foi ele quem comprou meu primeiro video game, o Atari. Praticamente não jogava mas se divertia de me ver jogando! Na realidade ele só gostava de jogar mesmo o River Raid (jogo de guerra, né?).
Depois, de tanto eu pentelhar, me deu um TK85, meu primeiro computador e culpado por hoje eu ser analista de sistemas e chefiar uma seção técnica de informática.
Bom, as histórias são muitas. Precisaria escrever um livro pra contar apenas uma parte delas.



Anexo à esta postagem está a foto de uma garrafa de pinga. Quando meu pai faleceu, havia um tonel de pinga na casa de minha mãe que era do meu pai. Ele adorava curtir a pinga até ela quase virar um whisky hehe. E gostava de tomar um aperitivo antes das refeições.
Mas ele deixou este tonel e acabamos por dar para meu cunhado, Jr. casado com minha irmã Sílvia. O Jr. também gosta de um etanol, ou melhor, de uma pinguinha. Só que o Jr. teve uma idéia muito bacana. Ele comprou várias garrafinhas, fez um rótulo todo especial, encheu com a pinga que estava no tonel e entregou para os filhos e para os amigos mais próximos, para que todos tivessem uma lembrança deixada pelo próprio Hugo. A minha garrafa está aqui, guardada no meu barzinho e toda vez que vejo ela só tenho boas lembranças!
Este post é para você papai! Que estejas bem aí do outro lado e vamos seguindo nossas jornadas!
E como diria a música:

"Qualquer dia, amigo, eu volto a te encontrar! Qualquer dia a gente vai se encontrar!"

TE AMO

Emerson

3 comentários:

  1. Emerson, um forte abraço pra vc e saudações à seu pai, onde ele estiver.
    A matéria se vai, a consciência vive, em algum lugar, mas vive!
    Meu pai se foi ja tem 16 anos, e ainda sinto ele por perto, vc falou sobre o seu te ensinar a manusear ferramentas, o meu ensinou a mim, meu irmão e meus amigos...
    Até hoje numa roda ainda conversamos sobre isso... e eu sou eletricista de manutenção por conta disso.
    Tem um amigo, o Val, que tem um comercio, a Casa do Chopp, em Mauá, ( casadochopp.com.br ) ele me disse que meu pai o ensinou a lavar garrafão de 5 lts, pra mim era só lavar e tirar a agua, mas meu pai na hora de tirar a agua rodava o garrafão para fazer o turbilhão e a agua sair mais rápido...
    Coisas simples, que só o pai da gente para ensinar.
    Então Emerson, que esta seja uma Homenagem aos nossos Pais, Hugo e Arlindo!
    E que eles estejam pescando, molhando o beiço e contando mentira....

    Clóvis

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  2. Ola Emerson... pra isso servem os pais né, para nos dar um norte e mesmo quando se vão a gente fica com os exemplos e as lembranças que continuam a nos guiar.
    Eu tive 3 pais... o primeiro foi o que gerou a matéria de que é feito esse porco, infelizmente nunca esteve próximo e as poucas lembranças que tenho dele nem são as melhores. Depois veio o pai postiço, aquele que a gente não aceita em um primeiro momento mas depois revela-se um presente. Infelizmente os dois se foram no mesmo ano, com diferença de poucos meses, deixaram cada um suas saudades, lembranças e uns poucos exemplos, pois não tiveram tempo de me ensinar muita coisa. O terceiro foi a dona Ignez, que assumiu o papel de mãe e pai e felizmente Deus permite que ainda cumpra este papel e teria ainda o quarto Mosqueteiro, que foram os pais de amigos, que me "adotavam" por alguns momentos, alguns me ensinaram a dirigir, outros a me comportar diante da vida... a conclusão é que sempre tem um pai da gente em algum lugar, embora aquele que participou dos "trabalhos iniciais" seja o que nunca nos sai do coração.
    Só quero saber é se um dia vou beber um gole da pinga do seu Hugo ;-)

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  3. Coisas e Divino, obrigado pelos comentários! :) Só os via agora (acreditam nisso?!) hehe.
    Obrigado mesmo! :) E VIVA NOSSOS PAIS!

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